Conselheira de Candomblé reclama de preconceito na Região do Cariri | Araripe News

Conselheira de Candomblé reclama de preconceito na Região do Cariri


Yasmim Leite, Iyaegbé do Terreiro Ilê Asê Omo Olowayê (Foto: Guto Vital/Agência Miséria)

É recorrente na Região do Cariri denúncias de situações de intolerância e desrespeito religioso. Yasmim Leite, Iyaegbé do Terreiro Ilê Asê Omo Olowayê, falou à reportagem do site Miséria com relação ao preconceito sofrido pelos povos de terreiro na região. Assista ao vídeo no final da matéria.

Esse preconceito tem se concretizado nos episódios de destruição de instrumentos sagrados de religiões de matrizes africanas em cultos cristãos.

Além disso, é comum acontecer bullying racial e racismo religioso em escolas. Falas que associam religiões de matrizes africanas e indígenas a prática de maldades e ao demônio. Apedrejamento de Terreiros e templos até ameaça de morte a sacerdotes e sacerdotisas de religiões afro-indígenas.

Esses fatos foram notificados pelas vítimas, por meio da ouvidoria estadual e nacional de direitos humanos, o que resultou na promoção de uma audiência pública que será realizada nesta esta terça-feira, 24, às 14h no Centro de convivência social Dra. Rosiane Lima Verde, no Bairro Frei Damião.


Audiência Pública - Garantia de Direitos dos Povos de Terreiro (Foto: Divulgação)

A audiência pública será promovida pela Defensoria Geral do Estado do Ceará, através do Projeto Defensoria em Movimento, abordará a garantia de direitos dos povos de terreiro. O evento é aberto ao público e contará com a presença de representantes de terreiros de Juazeiro do Norte e de outros municípios.

A reportagem também conversou com a Coordenadora do Projeto, a defensora pública Amélia Rocha, que mensurou a urgência de debate dessa demanda.

Denúncias relacionadas a violação de direitos relacionada a racismo podem ser feitas através dos CRAS, NEPIR/SEDEST-JN, Ouvidoria Juazeiro do Norte, e  Ouvidoria Nacional da igualdade racial: ouvidoria.seppir@mdh.gov.br ou  (61) 2025-7000.





Por Ana Lima
Miséria.com.br

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