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Exclusivo! Acusados do assassinato de uma mulher em Aurora irão à Júri Popular


“Pantico” e “Rogai” são acusados de matarem “Piriu” que era esposa do primeiro (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Dois homens acusados do assassinato de uma mulher na noite do último dia 14 de janeiro na zona rural de Aurora vão sentar no banco dos réus. O juiz daquela Comarca, João Pimentel Brito, pronunciou Francisco Erivan Rangel Filho, de 39, o “Pantico” e José Ribeiro Duarte, de 41 anos, o “Rogai” pelo assassinato de Aparecida Ferreira Lima Rangel, de 40 anos esposa do primeiro acusado e conhecida como “Piriu”. Os dois serão encaminhados à Júri Popular em data a ser definida.

De acordo com a denúncia feita pelo Promotor de Justiça de Aurora, Luiz Cogan, Pantico contratou Rogai por R$ 400,00 para simular um assalto e, aproveitando o domínio da vítima pelo comparsa, desferiu golpes contra Aparecida com uma barra de ferro. Foi descoberto ainda que ele tinha feito um seguro de vida para a esposa, em novembro de 2017, colocando-se como beneficiário de um prêmio no valor de R$ 800 mil.

Para o Ministério Público, o caso apresenta traços de crueldade e o magistrado acolheu a denúncia com quatro qualificadoras requeridas, que aumentam a pena dos acusados em caso de condenação pelo Conselho de Sentença. São elas: feminicídio, promessa de recompensa, meio cruel e meio que impossibilitou a defesa da vítima. Foram mantidas ainda as ordens de prisões preventivas e negado aos réus o direito de recorrerem em liberdade.

Aparecida morava no Sítio Unha de Gato em Aurora e foi executada com múltiplos e brutais golpes de barra de ferro na cabeça quando estava deitada e indefesa. O processo de investigação foi coordenado pelo então Delegado de Polícia Civil de Aurora, Felipe Marinho. Ele descobriu que, perante a mulher, o mesmo simulou um assalto e, para a polícia, um acidente dizendo que pilotava sua moto quando a mulher caiu da garupa e foi atropelada por um carro.

A polícia não “engoliu” a estória e cumpriu mandado judicial prendendo Pantico dois dias após o ocorrido o qual negou ter matado a mulher. Já no dia 8 de fevereiro “Rogai” foi preso preventivamente e confessou envolvimento no crime. A perícia já tinha observado a ausência de sinais do suposto acidente, enquanto o exame cadavérico ajudou a dirimir dúvidas. Além disso, a polícia já tinha encontrado uma barra de ferro suja de sangue próximo ao local do suposto acidente.




Por Demontier Tenório
Miséria.com.br

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