Dupla que matou dois motoristas de Uber no Cariri condenada a 116 anos de prisão | Araripe News

Dupla que matou dois motoristas de Uber no Cariri condenada a 116 anos de prisão

 


"Denda" e Wesley foram presos em Barbalha no dia 3 de abril do ano passado. Foto: Reprodução

Dois homens acusados de crimes de latrocínios foram condenados a 116 anos de prisões pela Comarca de Barbalha. Para Alisson Barbosa da Silva, de 28 anos, o "Denda", a sentença foi de 60 anos e quatro meses, enquanto Wesley Wilkinson Anjo dos Santos, de 26 anos, cumprirá pena de 55 anos e oito meses de reclusão. Em março do ano passado, eles mataram os motoristas de Uber Francinildo Antonio de Paiva de Oliveira, de 48, o “Neném”, e José Renato Pereira dos Santos, de 36 anos, para roubar.
Os crimes foram praticados nos dias 8 e 29 de março de 2022 e as investigações foram coordenadas pela 20ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Juazeiro, culminando em denúncias pelo Ministério Público. Ambos residem no Corredor dos Mulatos no Sítio Cabeceiras na zona rural de Barbalha e foram presos no dia 3 de abril de 2022. No caso das vítimas, Neném morava em Aurora e Renato no Sítio Barro Vermelho em Barbalha.
O primeiro estava desaparecido desde o dia 8 de março após ser contratado para uma corrida no Crato e o outro sumiu a partir do dia 29 daquele mês quando deixaria passageiros em Nova Olinda os quais tinha apanhado numa suposta festa de casamento em Crato. A ossada de Neném foi encontrada em área de difícil acesso no Sítio Serra dos Pequis em Jardim. Não muito distante estava o corpo de Renato já em avançado estado de decomposição.
Os policiais civis tinham promovido várias diligências levantando informações e buscando imagens de câmeras de segurança para se certificarem do envolvimento de “Denda” e Wesley nos crimes de latrocínios. Depois, foi possível encontrar os cadáveres já com a ajuda dos dois. Para elucidar o duplo crime de latrocínio, os investigadores obtiveram ainda informações sobre repasses de dinheiro solicitados pelos acusados.
De acordo com o delegado Giovane Morais, foram R$ 700,00 para a conta do próprio “Neném”, mais R$ 1,4 mil que foram parar na conta da mãe de Wesley e outros R$ 900,00 na conta da esposa de “Denda”. A polícia até já tinha ampliado o leque das investigações consultando vários sistemas na busca de informações relevantes sobre com quem ele andava e por onde passou diante de uma linha de investigação bem avançada.
Nesse contexto, solicitaram a prisão temporária de Wesley quando os policiais já foram surpreendidos com novas informações apontando o desaparecimento de outro motorista no caso Renato Pereira e com “modus operandis” semelhante. O conteúdo investigativo foi redobrado e a polícia chegou à conclusão que os criminosos eram os mesmos, resultando nas suas prisões. Um dos carros foi recuperado em poder de um homem que passou a responder por crime de receptação.
Por Demontier Tenório
Miséria.com.br

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