Caramujos podem ser potenciais transmissores de verminoses e meningites (Foto: Reprodução)
No Sítio Santana, em Barbalha, uma infestação de caramujos africanos tem tirado o sossego dos moradores. Os agricultores estão sendo os mais prejudicados, tendo em vista que o molusco está invadindo as lavouras e destruindo as plantações. Diariamente, a população recolhe dezenas de caramujos, porém, por ser de fácil reprodução, as tentativas de conter a proliferação dos moluscos têm sido em vão. Estudiosos, apontam que só um mutirão na comunidade poderia amenizar o transtorno.
O agricultor José Benício conta que, durante a quadra chuvosa, é comum encontrar caramujos no sítio, porém, esse ano, eles estão aparecendo de forma assustadora. “Meu vizinho perdeu a plantação de abóbora e eles estão destruindo as bananeiras e os pés de cana-de-açúcar. A gente não sabe onde vai parar com tanto prejuízo. Quando é à tardinha, eles aparecem e fazem a festa. Eu coloquei sal para impedir que eles invadissem a minha casa. A situação está bem complicada e a gente não sabe o que fazer”, diz o agricultor.
Além do prejuízo financeiro causado pela destruição das lavouras, a população teme que o molusco transmita doenças. “Ele transmite várias verminoses e até meningite. A gente fica com medo de que alguma criança pise no caramujo ou brinque com ele e acabe se contaminando. Até os próprios agricultores correm o risco de se contaminar ao recolher os caramujos da plantação. É preciso pensar em uma estratégica rápida e eficiente porque do jeito que está não tem quem aguente”, salienta a professora Maria Silene.
O biólogo Hênio do Nascimento Júnior explica que o animal foi trazido da África para o Brasil, a fim de ser utilizado na culinária, como uma espécie de escargot, mas logo os especialistas descobriram que o caramujo africano era na verdade um inimigo, pois se tornou uma praga. “Esses caramujos são de grande proliferação. Eles conseguem reproduzir centenas de ovos a cada postura e se alimentam com muita facilidade. É preciso que os moradores sejam orientados a, de forma segura, com luvas, realizar a coleta dos caramujos. É preciso um mutirão. Todos precisam recolher, porque se uma propriedade é limpa e a outra não, eles vão se manifestar novamente”, explica Hênio do Nascimento Melo Júnior.
Fonte: Jornal do Cariri
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