Nesta fábrica de Juazeiro do norte são fabricadas mais de 45 toneladas de velas
ao mês. (Foto: Normando Sóracles/Agência Miséria)
Impulsionados pelas romarias, pequenos empresários em Juazeiro do Norte
enxergam negócios em praticamento tudo. Do alumínio à rapadura,
passando pela água do Padre e hospedagem, há ainda um mercado
consolidado na fabricação de velas artesanais, que durante os festejos
religiosos aumentam em até 30%, chegando a quase 60 toneladas de velas.
"Todos que chegam em Juazeiro acendem uma vela", refletiu o empresário
Francisco de Assis Alencar, em 1995, quando começou na produção desse
item indispensável em missas, procissões e renovações.
No quintal de casa, durante a Romaria de Nossa Senhora das Candeias,
derreteu e moldou cera reutilizada formando uma vela artesanal. Mais de 20
anos depois mantém uma fábrica com 40 funcionários empregados diretamente.
Nas festividades religiosas, o aumento chega a 30%, mas é durante a Romaria de Finados
que a produção mais de duplica. (Foto: Normando Sóracles/Agência Miséria)
Durante as romarias, mais de 4 mil unidades são confeccionadas por dia,
aumentando a produção de 45 toneladas por mês para quase 60 toneladas.
Para Candeias, são fabricadas velas especiais, mais longas, planejadas
para durar todo o percurso da tradicional Procissão de Luzes.
A excepcionalidade fica com a Romaria de Finados, maior de Juazeiro, quando
a produção quase triplica devido a alta demanda.
O mercado de velas sai de uma crise nacional. Desde 2008 passa por altos
e baixos devido ao preço e até mesmo a falta da parafina, matéria-prima.
Exportando velas de Juazeiro para todo o Ceará, Paraíba, Pernambuco e
algumas cidades de Alagoas, Francisco estima faturamento anual de
R$ 3 milhões e significativo impacto na economia local, com criação de empregos,
vagas temporárias e mesmo trabalho informal dos ambulantes que revendem à
própria vontade nas ruas da cidade.
Mesmo com maquinário, a produção de velas ainda é um trabalho manual,
principalmente nos itens comemorativas e especiais.
(Foto: Normando Sóracles/Agência Miséria)
Por Alana Soares/Agência Miséria
Miséria.com.br
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